quinta-feira, julho 20, 2006

Nobres Vira-Latas

Nesses últimos dias em que abandonei o blog, havia pensando em escrever sobre como as pessoas se depreciam. É. Escrever sobre como elas conseguem ser tão falsas, tão maldosas e muitas vezes (na verdade quase sempre) por pura opção. Mas a vontade e disposição eram minhas inimigas e eu não tinha nenhuma arma pra combatê-las, até que hoje aconteceu uma coisa que me “inspirou” a voltar no tema.
Estava na academia hoje cedo e tinha acabado de terminar uma série de exercícios numa máquina. Saí do aparelho e fui descansar um minuto pra depois voltar e terminar as outras séries. No meio do descanso vi um senhor de aproximadamente 50 anos indo para este mesmo aparelho. Cheguei perto dele e disse:

“Depois eu posso revezar com o senhor?” – como se ele tivesse chegado primeiro.
“É... DEPOIS!”
“Isso. Depois que o senhor terminar.” – respondi com estranheza.
“Agora você espera porque eu que vou fazer aqui.”
“Sim, eu espero o senhor acabar e depois uso.”
“Não. Eu que vou fazer aqui. A academia ta vazia. Vai fazer em outros aparelhos.” – totalmente ríspido.
“Mas só falta esse aí pra eu terminar.”
“Eu não te perguntei NADA. Você espera porque EU vou fazer aqui.”
“Calma! Ta bom! O senhor faz aí então.” – respondi, com um risinho mais inconformado do que amigável.

Isso é só um pequeno exemplo de como um desconhecido pode agir. Fico pensando nas depreciações ocorridas em verdadeiras amizades, em relacionamentos de casais. Não é a toa que nos tornamos tão egoístas e desconfiados. Todo dia uma amizade e um homem ou mulher são traídos. Não tem fim. Os bonzinhos que sobreviveram, como eu, só tomam no nabo por causa disso. O único motivo para eu não me tornar mais um egoísta é o efeito borboleta. Vocês sabem, né? Todo mundo já assistiu o filme: um pequeno bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo. Algo assim. Já pensou se eu me enfureço com esse véio cretino e solto os cachorros na minha mãe? Se eu a conheço bem, ela ia em seguida soltar a boiada no meu pai e assim por diante. Alguém trouxa o suficiente tem que ser amortecedor dessas filha da putices. E eles sempre são os bonzinhos como eu.

É claro que, se isso acontecer uma segunda vez, eu posso ser sim um trouxa-bonzinho-amortecedor, mas não sou otário de ninguém: vou mandar tomar no cu sem dó. Pode até parecer contraditório, mas não é. Ter bom-senso e agüentar a primeira de um louco como aquele véio é uma coisa, ter respeito próprio é outra. Tem que saber separar os momentos de cada ação.

Ouvi dizer que o ser humano é nobre. Só se formos nobres vira-latas.

Obs.: Apesar de quase não ter leitores, sinto-me na obrigação de dizer que ultimamente não tenho sentido tanta vontade de postar.
Obs. nada a ver: 55% dos blogueiros escrevem sob pseudônimo. 84% definem seus blogs como "um hobby" ou "uma coisa que eu faço, mas à qual não dedico muito tempo" e 54% são estreantes. (fonte – blue bus)

domingo, julho 09, 2006

Por que Eu Amo Ser Publicitário

Porque nos divertimos com pouco (e precisamos nos divertir com pouco).
Porque somos criativos (nem todos).
Mas todos somos engraçadinhos.


Porque apesar do mercado extremamente competitivo, conseguimos ser solidários.
Porque somos totalmente loucos e cheio de excentricidades.
Porque consumimos pizza como os altos executivos consomem Mercedes.

Porque trabalhamos de boné e bermuda.
Porque fazemos associações o tempo inteiro.
Porque conversamos a primeira vez como se fôssemos grandes amigos, sem falsidade.


Porque quando temos que criar, falamos merda (brainstorm).
Porque nosso currículo é nosso portifólio.
Porque achamos que vamos ser pobres a vida inteira e rimos disso.

Porque somos pagos (e quase sempre muito mal) para fazer a SUA comunicação de forma genial.
Porque trabalhamos como prostitutas e amamos o que fazemos.
Porque apesar de tudo, somos tão profissionais como qualquer outro.

(como quase qualquer outro)

Obs1: Se você se ofendeu ou não entendeu a relação entre publicitários e prostitutas, meu amigo Redator Surtado já fez essa analogia de forma precisa aqui. Divirta-se.
Obs2: Rir porque achamos que vamos ser pobres a vida inteira pode ser uma “excentricidade” minha.

domingo, julho 02, 2006

Sem Criatividade

Na ausência completa de criatividade e presença integral da preguiça, publico esta piada. Colaborem: dêem risada.

O mulequinho todo dia mijava na frente da Igreja pra provocar o guardinha que trabalhava por lá. Sempre que o guardinha chegava, o muleque guardava o bigulin e saía correndo. Um dia, o guarda se escondeu e pegou o mulequinho no flagra:

-TE PEGUEI, MULEQUE! Agora escuta: a próxima vez que eu ver você mijando aqui eu corto seu pinto, entendeu? EU CORTO SEU PINTOOOOO.

- Pode cortar...depois eu faço transplante.

- Ah é? Quero ver onde você vai conseguir um doador. Quero ver onde você vai arrumar um pinto!

- É fácil! Eu ponho uma armadilha no seu cu e consigo quantos eu quiser!