terça-feira, dezembro 06, 2005

Não existe regresso

Suas pálpebras ainda não se abriram, mas ele sabia que não estava em seu ambiente, ele sentia. Tudo escuro. Entretanto, não era o escuro que conhecia, pois neste sentia-se tonto, tinha pensamentos turvos e sem direção. Neste, não tinha o aconchego que tanto lhe fazia bem, nem o calor que o mantinha aquecido o tempo inteiro. Neste escuro sentia muito frio, muito medo, e apenas a vontade de voltar.

As coisas não estão como deveriam. As sensações estão longe da normalidade. Nunca havia sentido nada com tamanha amplitude antes de o tirarem brutalmente de seu lar, de sua segurança. Agora não sabia o que fazer, não tinha forças. Parecia não estar preparado pra tudo isso. Só conseguia debater-se levemente.

As pálpebras se abriram como um fino raio do horizonte. Luzes. Muito fortes. Talvez não fossem tão veementes, mas há meses estava no seu cômodo e escuro recinto. Aos poucos sua pupila dilatou. Não reconhecia nada ao seu redor, nem mesmo sua própria visão. Tudo lhe pareceu extremamente assustador.

Então chorou. Chorou como um bebê.

4 comentários:

Anônimo disse...

mandou bem, meninão!

Anônimo disse...

Fala Dé! Tá ficando bão isso aki. O Marcão tá com inveja!!! :p

Abraços!

Anônimo disse...

... tá, entendi... mas e a mulher que pariu? Tá como nessa história??? Prefiro nem pensar, como estaria a "parideira" sob a tua ótica hahahahahaha... uma beijoca! ;o)

Mr. Blank disse...

é desilusão pra mim.

e ponto.