domingo, novembro 12, 2006

Infartos

Conversando com o Fabio - é sem acento mesmo - (e com ele sempre sai uns papo muito louco), discutimos sobre o tema “morte”. Mais especificamente sobre uma forma de morrer: o infarto. Lembramos dos jogadores de futebol e concordamos em ser um “absurdo” um atleta desse tipo morrer de infarto, com o tipo de preparo físico que eles possuem.

O auge da conversa foi imaginar o que você sente no momento em que tudo pára. Quem já viu alguém enfartar de forma fulminante, daquelas que é “parou-morreu”, deve ter reparado num olhar perdido do coitado segundos antes de cair. Parece que ele percebe que vai morrer. Eu não sei direito o que penso sobre o assunto, mas o que falei com o Fabio foi que nós só conhecemos nosso corpo com o sangue correndo pelas veias e o coração batendo. Quando tudo pára, acho que uma consciência diferente, nunca experimentada antes, invade a mente. Você sabe que ferrou, sabe que ta tão fudido que nem consegue mensurar o tamanho da merda. É igual quando no colégio precisamos tirar um 7 pra passar de ano. Você recebe a prova e tira 6. A tragédia é tanta que na hora você não consegue calcular: bombar um ano, explicar pros pais, fazer tudo de novo, perder os amigos, atrasar a vida, questões financeiras, frustração... e por não conseguir medir tudo isso, olhando pra prova você simplesmente esboça aquele olhar perdido, esbugalhado pro além, como nos infartos.

Acho que todos já tiveram a sensação de ter escapado da morte alguma vez. Sair de um acidente de carro, se machucar feio e não fatalmente por pouco, assaltos e etc. Mas acho que, no infarto, o lance é tão maior que só dá tempo de perceber a diferença de sensações e pensar “putz, agora é sério! Já era!” Que coisa horrível, meu! Pelo amor de deus!

Quando penso nisso eu sempre fico encanado. Dá uma sensação de que a vida é muito tosca. É uma coisa ridícula que deve ser levado a sério. Ou seja, a vida não tem nada a ver!
Tipo, você vai se fuder de qualquer jeito no fim, mas é isso que dizem que é vida, né?

O percurso...

sábado, outubro 28, 2006

Um Post Sincero

Cruel é ter que se limitar a sonhos, quando você sabe que a realidade é impossível.

terça-feira, outubro 17, 2006

Fábula: O Lesado e Sua Avó

Lesado: Eu: Com apenas 4hs de noite dormida. Praticamente sedado.
Avó: Ramona: Com uns 156 anos de vida.

NOTA: Cheguei na goma da Dona Fia (nome/apelido da minha avó), por volta das 8:05h, tomei café da manhã e fui direto pro banheiro cagar. Bom, eu tava todo disfuncional depois da noite passada. Do lado de fora minha avó fala:

- Tem espuma aí.
- Espuma? PRA QUE VOU QUERER ESPUMA?
- ESCOVA!! NÃO ESPUMA!!
- (...) Hã?! Escova?
- É, diacho!
- Vó, eu tenho a cabeça raspada, lembra?
- ESCOVA DE DENTE, ANDRÉ!
- Ah...

Saio do banheiro e dou continuidade:

*entenda com EXTREMO entorpecimento* - Deus...ai meu deus...minha vida ta um inferno.
- SEU NARIZ. Olha pra trás pra você ver a vida dos outros.
- Olha pro meu cérebro pra você entender minha vida. Que clareza!
- Parece que ta esfriando, né?
- (...) ¬¬ This is one of the most fucking boring things I ever seen in my fucking shit life. You hear me, fucking nigga?
- Cala a boca André.

***

Horas depois, chegamos juntos na minha nova casa:

- André, vem cá. Vou te pedir uma coisa. É a única coisa que a vó vai pedir: não fala palavrão aqui nessa casa, ta? Ela ta com um clima bom. No seu apartamento eu me sentia estranha, não sei... queria voltar logo pra casa.
- Porra, vó?! É a mesma que eu pedir pra você parar de cagar.
- Não é não. Quem quer parar de falar palavrão consegue.
- Mas eu não quero, você que ta me pedindo. – pensei –

- Vó, não sei não.
- Vai fazer ou não?
- Vou tentar então.
- Vai fazer ou não?
- Vou.

***

Moral da história: Nunca discuta com a sua vó: minta, ou finja que entendeu.

Obs.1 – Minha avó é neguinha sim, mas não sabe inglês.
Obs.2 – Eu tenho bons reflexos.

domingo, outubro 08, 2006

Realmente Acontece

Pois é. Certas coisas que vemos acontecendo ao nosso redor realmente chegam até nós. Um dia fui visitar minha avó e coincidentemente uma amiga dela estava lá. A Lurdes me conhece desde as épocas em que eu não lembro que existia. Muito curioso isso, não? Sabe aquelas amigas de vó que falam “é esse aí o seu netinho?” e “como que pode ter virado um homão desse”? Então. Dessas daí. A véia me contou todas as novidades. Disse que pintou o cabelo, comprou roupas modernas, que estava viajando e saindo pra dançar.

Puta coisa bacana. Eu acho bonito ver essas senhoras de 70 e poucos anos correndo atrás da vida de novo. E ela estava feliz! Antigamente ela era meio cabisbaixa, mostrava a todos o seu ar de derrotada e cansaço. Pôxa, com essas transformações e com a futura plástica que ela vai fazer, vai rejuvenescer uns 15 anos. Achei bacana a atitude da velhinha e imaginei se ela também não deve ter arrumado um velhinho, um “parceiro”, um namorado mesmo.

Nesse momento a vívida Dona Lurdes tirou um álbum de fotografias da sua moderna bolsa da Hello Kitty (brincadeira!) e disse que me mostraria seu namorado. Sorri e vi que realmente ela voltou à ativa, se é que me entendem. Abriu o álbum e me apontou um puta moleque sem camisa deitado na piscina. Essas véias adoram fazer piadinhas, não é?
“Aaahh vááá, que mentira! Esse aqui é teu filho, ou teu neto”. - Ela riu e me contestou, dizendo ser seu namorado.

“Pára! Que namorado! É seu neto? Eu brincava com ele quando era criança?” – falando quase como um pai que sabe quando seu filho está mentido.

Olhei para minha avó e não tive como deixar de reparar em seus olhos esbugalhados, quase sumindo com o nariz. Ela então me disse:

ANDRÉ. É verdade.”
“Ah é? Hum...” – sem saber se perguntava a idade do Macaulay Culkin ou não.

No final, a própria Lurdes me disse que ele tinha 25. Dois a mais que eu. Tentei olhar pra ela como provavelmente o namorado a admira, mas o que eu vi foram rugas e dentadura. Foi mal, não consigo!

terça-feira, setembro 12, 2006

Essa é a Regra

Você realmente quer saber qual o problema do mundo, cara? Pega essa citação que eu sempre digo: “Todos têm uma história pra contar e querem que alguém escute. Pessoas são boas. Se você se importar, vão querer sua amizade. Tudo o que precisa é olhar as pessoas enquanto elas falam”.
Essas são as regras do jogo, meu caro! Faça isso e você terá uma amiga, concorda? Agora, se você agir ao contrário da regra, você tem uma namorada! Já reparou como as mulheres agem ao contrário? Então! Leia a citação de novo e imagine-se fazendo o contrário. Esses dias falei com uma amiga que tava doida pra sair de novo com um cara, mas ele não tava nem aí. Então eu disse a ela: “se ele tivesse dado a maior bola pra você no primeiro encontro, você não ia querer sair de novo, né?” Ela respondeu: “Isso”. Eles iam ficar naquele joguinho quem-esnoba-quem.

Ninguém age puramente de acordo com as próprias vontades. Você já tentou ser você mesmo sempre? Não dá. Nem me vem falando que você tem personalidade e seilá mais o que. Você por acaso assume TUDO o que faz? É sempre você mesmo e não esconde isso de ninguém? Não esconde nada de ninguém? Nunca deixou de ser você pra conseguir alguma coisa? Ah vai pro inferno seu mentiroso! Até eu faço isso. “Até eu”... como se eu significasse muita coisa. Como se você fosse muita coisa. Somos um chumaço de bosta pronto pra ser atirado no Tietê.

Mas já pensou em tentar? Já teve um flash de sentimento que lhe disse “diga foda–se ao mundo e faça o que tem vontade”? SEJA VOCÊ! Ih... não dá! Nunca dá pra cumprir essa tarefa. É tudo sempre uma máscara, um jogo. Nesse momento estou usando uma máscara. Se vocês não conseguiram reparar, esta não é minha linguagem nem meu perfil. Mas aí que ta! Quem garante que eu não esteja usando esse perfil como disfarce porque eu tenho receio de assumir esse tipo de linguajar e comportamento?!

Desencana... nem pensa muito nisso.

Obs.: Tietê é uns dos rios mais porcos do estado de SP. Ou era. Seilá!

sábado, setembro 02, 2006

Você é observador?

Começa no ponto de ônibus. Ela está parada ali, na dela, olhando para a esquina na espera do seu transporte. De longe, um cara com seus 34 anos está chegando. Ele não é bonito e tem a barba por fazer. Numa calçada onde todo mundo franze o cenho por causa do sol e estão estressados de tanto esperar, uma loira de olhos azuis e super delicada não passa despercebida. De longe, o cara a estuda e conclui que ela deve ter uns 19 anos. Obviamente, pára ao seu lado e a observa detalhadamente. Ele inicia a conversa:

“Você sabe se o 3.60 já passou?”
“É esse que estou esperando, mas acho que perdi.” – responde atenciosamente para a alegria dele.
“Era pra ele passar agora, não era?”
“Acho que sim. É 1h agora. Eu sempre pego ele esse horário.”

A conversa pára por alguns instantes, mas ele começa a observá-la novamente. Olha atentamente o material que ela carrega, a sacola escrita “Dam” alguma coisa e seu conteúdo.

No ônibus, ela mostra apenas uma nota de cinqüenta e precisa ficar na parte frente para esperar o troco. O cara, que entrou na sua frente e caminhou até o final do ônibus, não percebe o corrido e lamenta por ela não segui-lo. Conversam novamente apenas quando o momento dela descer está próximo, quando ela se aproxima da porta dos fundos. Ele comenta que gosta do reggae que está tocando e canta junto com a música. É ridículo. Ela responde sorrindo e com entusiasmo que adora o som. A hora de descer está próxima e o cara tenta aproveitar para colher maiores informações perguntando se ela estuda no Anglo, já que ela desce do ônibus na frente do colégio. Ela responde apenas que trabalha ali por perto e se despede.

O que ele sabe sobre ela? Nada? Bom, se ele é realmente bom observador, deduziu que ela trabalha apenas meio período da tarde, porque ninguém atravessa dois bairros pra almoçar. Se carregava materiais escolares, provavelmente iria do trabalho direto pra faculdade, já que ela não estuda no Ângulo e não aparenta estar no colégio ou cursinho ainda. Deve trabalhar numa loja pequena visto as condições comerciais do bairro. Talvez numa loja de roupas devido ao conteúdo de sua sacola, o que limita bastante as opções. É alegre, simpática, otimista e atenciosa, o que mostra respeito para com o cara, e não o interesse chamado de segundas intenções. Porém, poderia ter cortado a conversa logo no princípio se quisesse, mas não quis. Gosta bastante de músicas comerciais e, pelo seu cheiro, usa perfumes refinados.

Que tal se uma noite dessas, por volta das 18hs, esse cara (com a barba feita) não procurasse uma loja perto do Anglo chamada “Dam” alguma coisa, e com um reggae tocando no carro e carregando um perfume de presente ainda oferecesse carona pra faculdade? Será?

domingo, agosto 20, 2006

Manual da Cagada

Já tiveram a sensação de que a vida é uma corrida contra o tempo? Às vezes sinto que vivo integralmente nessa função. Nem é bacana. Porque isso faz você pensar que sempre está atrasado, que deveria ter feito muito mais coisas do que já fez. Desde coisas certas até as erradas. Isso é vivência. Sempre digo aos meus amigos que “decidi” fazer merda depois de véio. Fui muito regradinho a vida inteira e chega uma hora que não dá pra segurar. Essa é outra coisa que também vivo dizendo: você vai tirar uns poucos anos da sua vida só pra fazer cagada. O conceito de cagada varia, mas em geral, serve para “coisas que sua mãe não gostaria que você fizesse”, como por exemplo transar sem camisinha, usar uma droguinha de vez em quando, trair a namorada, se embebedar e dar PT no carro e por aí vai. Varia da consciência do cidadão que ta fazendo a cagada. Mas é fato: TODO MUNDO passa por isso e precisa passar um dia.

É meio ridículo quando isso acontece com o cara de 40 anos. Ele sempre foi a Igreja, casou com uma evangélica, arrumou um emprego do tipo “sou brasileiro e não desisto nunca”, pagou 670 pila num terno pra ir ao culto e o único pecado da vida do cara foi não emprestar dinheiro pro primo (que era traficante). Aí ele chega em casa e vê a mulher com um belo ateu. A mulher, que resolveu surtar e fazer a primeira cagada de sua vida medíocre, surta o marido consequentemente. Ou esse cara se mata ou pega aqueles poucos anos a partir desse momento pra fazer merda. E depois disso é que ele se mata. Brincadeira, mas vai saber!?

Talvez, se eles tivessem errado mais antigamente, se tivessem dado a chance pra eles mesmos de passar por isso uma vez antes, a tragédia não seria tão grave. Por isso digo que todos devem fazer cagada. Se você não fizer hoje, vai fazer amanhã. E quanto mais tarde fizer, pior vai ser. Não se segure tanto. Não seja tão correto. É da natureza humana errar e às vezes querer errar. Mas é claro que pra tudo existe o bom senso, principalmente nisso. O ideal seria, no momento em que fizer a cagada, que você não prejudicasse ninguém a não ser você mesmo, mas é meio complicado.
Tente achar o meio termo.

terça-feira, agosto 15, 2006

Chá de Cogumelo - Drama Japonês, Russo e Mexicano (no final)

Eu disse que o quadro Chá de Cogumelo seria semanal, e agora me dei conta que já estou até atrasado. Sendo assim, postarei dessa vez um sonho meu.
***
Num lugar que se assemelhava a um shopping, estávamos eu e uma amiga que a chamarei de Lu. Ela tentava me explicar alguma coisa, estava insatisfeita. O problema é que ela não conseguia usar as palavras direito. Falava por enígmas totalmente sem sentido, algo como “eu sei o que você ta pensando, e você sabe o que quer dizer porque eu sei o que você pensa”. Depois de alguns minutos tentando entedê-la, o cenário se trasnformou num campo de guerra. O chão era de areia e não se via nada além disso no local. No horizonte conseguimos ver dois exércitos se aproximando, prontos para o combate. Foi então que o inusitado aconteceu. Eu e Lu sumimos do sonho e ele começou a ser uma espécie de filme, e pude assistir bem de perto os exércitos se aproximando. Eram todos japoneses mas a vestimenta era russa. Quando estavam bem próximos, quase iniciando a batalha, eles estancaram! Um dos exércitos ficou em dúvida se aquele era realmente seu inimigo. Segundos depois avistaram a bandeira do adversário e então confirmaram.

O ataque começou. O exército que havia ficado em dúvida sacou metralhadoras e foi uma verdadeira chacina, já que o adversário só tinha estacas. Fizeram um verdadeiro corredor de mortos, o que fez com que as balas chegassem até onde eu e Lu estávamos anteriormente. Nesse momento nós reaparecemos, mas eu também era a bala. No momento em que ela saía da metralhadora, eu acompanhava seu trajeto. Igual o primeiro tiro na abertura do filme “senhor das armas”. Acompanhei a trajetória da bala que parou na areia, próximo ao nossos pés. Então decidimos correr e fugir. Nesse momento a Lu se transformou na vendedora de sapatos da loja onde comprei meu último tênis. Acho que ela usou esse artifício porque lembro de ficar espantado com o tamanho da perna da vendedora, o que fez com que a Lu, agora com aquelas pernas, corresse feito uma louca. Saiu numa disparada tipo um carro com 5.500 cilindradas. E eu, tipo 1.0, corri 10 metros e fiquei sem ar. Corremos tanto que foi praticamente um Le Parkour, aquele esporte que a negada sai correndo e pulando tudo que tem pela frente.

Quando paramos, ela voltou a ser a Lu e o cenário voltou a ser uma espécie de Shopping, mas agora em outro lugar. Já num local mais seguro, disse pra ela falar o que queria anteriormente porque não tinha entendido nada até agora. Quando ela ia começar a explicar melhor, cutuquei meu olho direito e tirei uma remela. Depois foi o esquerdo e tirei outra remela. Voltei a cutucar o primeiro e assim por diante. Meus dedos estavam lotados de remela, que eram infinitas nos meus olhos. Então ela disse:
“Por que voce tem um olho tão remelento?”
“Porque meu olho é igual de cachorro.”- respondi.

Aí ela decidiu falar em simples palavras o que queria:

“Eu não entendo como alguém que antes me priorizava, hoje me desperdiça assim.”
Continuei sem entender.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Quadro Novo - Chá de Cogumelo

A volta do meu blog traz um quadro novo: Chá de Cogumelo. Nada mais será do que uma postagem semanal dos sonhos da minha idolatrada amiga Juliana, da agência de publicidade onde trabalho. Babaca, né? QUE NADA! Essa menina toma drogas pesadas antes de dormir, não é possível! Vocês entenderão. Boa viagem. Ah, é sempre válido dizer: o sonho é EXATAMENTE o que está escrito.

Segredo Europeu

Várias coisas esquisitas estavam acontecendo sequencialmente. Sem razão ou motivo aparente, roubaram a aranha que minha mãe tinha de estimação. De repente, começamos a ver algumas pessoas minúsculas andando rapidamente ao meu redor.

Um dia segui um deles, que logo ficou grande e foi pegar um carro na outra esquina. Lá havia três carros chiques com três choferes. Eu o segui e fiz questão que ele me visse. Então fui investigar de onde ele tinha saído e vi que por trás do buraco (estilo casa de rato) tinha uma micro casa com uma micro piscina. Muito estranho...

Dias se passaram até que umas pessoas nos chamaram num lugar e disseram que uma coisa triste tinha acontecido. Confessaram que tinham roubado a aranha da minha mãe e mostraram ela mortinha com as perninhas encolhidas. Eles ainda disseram "ela era uma boa aranha! Agora precisamos mostrar mais coisas pra vocês”. Ficamos pequeninos e entramos naquela casinha. Lá dentro começamos a voar e observamos que atrás da casinha tinha um mundo, tipo um vale cheio de micro casas e castelos.

Eles explicaram que aquela era uma comunidade européia. Descobriram como ficar pequenos e vieram foragidos pra cá porque não queriam mais guerra. Por isso se escondiam aqui. Eles só contaram porque eu segui o anão-gigante do carro e assim o segredo não ia ser revelado.

THE END

quinta-feira, julho 20, 2006

Nobres Vira-Latas

Nesses últimos dias em que abandonei o blog, havia pensando em escrever sobre como as pessoas se depreciam. É. Escrever sobre como elas conseguem ser tão falsas, tão maldosas e muitas vezes (na verdade quase sempre) por pura opção. Mas a vontade e disposição eram minhas inimigas e eu não tinha nenhuma arma pra combatê-las, até que hoje aconteceu uma coisa que me “inspirou” a voltar no tema.
Estava na academia hoje cedo e tinha acabado de terminar uma série de exercícios numa máquina. Saí do aparelho e fui descansar um minuto pra depois voltar e terminar as outras séries. No meio do descanso vi um senhor de aproximadamente 50 anos indo para este mesmo aparelho. Cheguei perto dele e disse:

“Depois eu posso revezar com o senhor?” – como se ele tivesse chegado primeiro.
“É... DEPOIS!”
“Isso. Depois que o senhor terminar.” – respondi com estranheza.
“Agora você espera porque eu que vou fazer aqui.”
“Sim, eu espero o senhor acabar e depois uso.”
“Não. Eu que vou fazer aqui. A academia ta vazia. Vai fazer em outros aparelhos.” – totalmente ríspido.
“Mas só falta esse aí pra eu terminar.”
“Eu não te perguntei NADA. Você espera porque EU vou fazer aqui.”
“Calma! Ta bom! O senhor faz aí então.” – respondi, com um risinho mais inconformado do que amigável.

Isso é só um pequeno exemplo de como um desconhecido pode agir. Fico pensando nas depreciações ocorridas em verdadeiras amizades, em relacionamentos de casais. Não é a toa que nos tornamos tão egoístas e desconfiados. Todo dia uma amizade e um homem ou mulher são traídos. Não tem fim. Os bonzinhos que sobreviveram, como eu, só tomam no nabo por causa disso. O único motivo para eu não me tornar mais um egoísta é o efeito borboleta. Vocês sabem, né? Todo mundo já assistiu o filme: um pequeno bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo. Algo assim. Já pensou se eu me enfureço com esse véio cretino e solto os cachorros na minha mãe? Se eu a conheço bem, ela ia em seguida soltar a boiada no meu pai e assim por diante. Alguém trouxa o suficiente tem que ser amortecedor dessas filha da putices. E eles sempre são os bonzinhos como eu.

É claro que, se isso acontecer uma segunda vez, eu posso ser sim um trouxa-bonzinho-amortecedor, mas não sou otário de ninguém: vou mandar tomar no cu sem dó. Pode até parecer contraditório, mas não é. Ter bom-senso e agüentar a primeira de um louco como aquele véio é uma coisa, ter respeito próprio é outra. Tem que saber separar os momentos de cada ação.

Ouvi dizer que o ser humano é nobre. Só se formos nobres vira-latas.

Obs.: Apesar de quase não ter leitores, sinto-me na obrigação de dizer que ultimamente não tenho sentido tanta vontade de postar.
Obs. nada a ver: 55% dos blogueiros escrevem sob pseudônimo. 84% definem seus blogs como "um hobby" ou "uma coisa que eu faço, mas à qual não dedico muito tempo" e 54% são estreantes. (fonte – blue bus)

domingo, julho 09, 2006

Por que Eu Amo Ser Publicitário

Porque nos divertimos com pouco (e precisamos nos divertir com pouco).
Porque somos criativos (nem todos).
Mas todos somos engraçadinhos.


Porque apesar do mercado extremamente competitivo, conseguimos ser solidários.
Porque somos totalmente loucos e cheio de excentricidades.
Porque consumimos pizza como os altos executivos consomem Mercedes.

Porque trabalhamos de boné e bermuda.
Porque fazemos associações o tempo inteiro.
Porque conversamos a primeira vez como se fôssemos grandes amigos, sem falsidade.


Porque quando temos que criar, falamos merda (brainstorm).
Porque nosso currículo é nosso portifólio.
Porque achamos que vamos ser pobres a vida inteira e rimos disso.

Porque somos pagos (e quase sempre muito mal) para fazer a SUA comunicação de forma genial.
Porque trabalhamos como prostitutas e amamos o que fazemos.
Porque apesar de tudo, somos tão profissionais como qualquer outro.

(como quase qualquer outro)

Obs1: Se você se ofendeu ou não entendeu a relação entre publicitários e prostitutas, meu amigo Redator Surtado já fez essa analogia de forma precisa aqui. Divirta-se.
Obs2: Rir porque achamos que vamos ser pobres a vida inteira pode ser uma “excentricidade” minha.

domingo, julho 02, 2006

Sem Criatividade

Na ausência completa de criatividade e presença integral da preguiça, publico esta piada. Colaborem: dêem risada.

O mulequinho todo dia mijava na frente da Igreja pra provocar o guardinha que trabalhava por lá. Sempre que o guardinha chegava, o muleque guardava o bigulin e saía correndo. Um dia, o guarda se escondeu e pegou o mulequinho no flagra:

-TE PEGUEI, MULEQUE! Agora escuta: a próxima vez que eu ver você mijando aqui eu corto seu pinto, entendeu? EU CORTO SEU PINTOOOOO.

- Pode cortar...depois eu faço transplante.

- Ah é? Quero ver onde você vai conseguir um doador. Quero ver onde você vai arrumar um pinto!

- É fácil! Eu ponho uma armadilha no seu cu e consigo quantos eu quiser!

sexta-feira, junho 23, 2006

... Quebra - Cabeça

Hoje indo para o trabalho, de repente tive o famoso insight e fiz uma descoberta: homens e mulheres funcionam como peças de um quebra-cabeça. A analogia parece simples, e de fato é, mas pode ir muito mais além se considerarmos outras coisinhas.

Nós somos simples peças dentro de um enorme tabuleiro. Possuímos vários encaixes e somos incompletos se não unidos à outra peça. O problema está em encontrar a certa. Muitas vezes conhecemos uma peça interessante, vemos que as cores combinam e percebemos que pode ser um encaixe de sucesso, mas não é. Dentro dessa brincadeira onde sempre existe a busca pelo encaixe perfeito, esse é o tipo de erro mais comum. Mas engraçado mesmo é quando tentamos forçar as peças a se encaixarem. Insistimos no erro conscientemente e, no final, as peças quebram de tanto esforço inútil e desgastante.

Existem ainda casos em que o encaixe é preciso, mas não satisfaz. São peças de encaixe muito parecidos e acabam se confundindo, e por isso permanecem unidos por um bom tempo até perceberem que não se pertencem. Então elas se separam e não sabem mais onde procurar outras peças depois de acreditar que aquele era o elo perfeito. Engano semelhante a este acontece quando duas peças se unem, mas ambas ao contrário, com as cores viradas para o chão. Eles acreditam ser o encaixe perfeito, mas não sabem que estão agindo errado, que estão desobedecendo as regras do jogo.

E aí você sabe o que acontece? Eles vão percebendo o erro com o passar do tempo, ao se compararem com as outras peças do tabuleiro. Mas ainda não entendendo exatamente o que há de errado com eles e de onde vem a inquietação, seguem o instinto e correm atrás de outras peças, já que todos temos mais do que um encaixe. E isso não quer dizer que eles vão se desligar do elo que já possuem. Por fim, o tabuleiro nunca se completa. Os erros sempre vão existir nesse jogo, e você sempre vai se queixar de que não existe uma peça perfeita pra você.

Boa sorte!

quinta-feira, junho 15, 2006

Depende da Visão

"A boca sugava úmida e desleixada. Eles esfregavam as línguas, enroscavam suas pernas e esfregavam a pele um contra o outro. Suas faces se contorciam em uma máscara indefesa. Seus órgãos soltavam manchas malcheirosas e traições pegajosas. É através dessa farsa cheia de suor que passamos a existir. Somos cúmplices, sem querer, na catástrofe das cópulas que nos permitem nascer. Fomos cuspidos de entranhas febris. Somos o resultado de gemidos e suspiros em um leito desarrumado. Seja bem vindo, é o leite do paraíso.”

Trecho do filme “Crimes de um Detetive”.

terça-feira, junho 06, 2006

As Bichas Dominam o Mundo

Pessoal, talvez vocês ainda não estejam preparados para receber tal notícia, mas já decidi soltar a bomba logo no exórdio do meu texto (exórdio quer dizer a parte inicial da redação, e pode também se incluir o título. É que to lendo os livros do Carrascoza e quis mostrar que aprendi alguma coisa). Mas voltando ao foco: as bichas dominam o mundo. Essas desvairadas possuem uma linguagem especial, de reconhecimento apenas entre elas. Quantas vezes em nossa frente essas bonecas não se comunicaram, e nós, alheios a tal sofisticação de comunicação, nos tornamos infames? Inúmeras! Recentemente, um amigo meu que andou vendo muitos filmes que envolvem serial-killers, capturou uma dessas bitanas e a torturou para desvendar o segredo de sua linguagem. Ele inclusive me detalhou alguns métodos de tortura que aprendeu, e dentre eles, destacaram-se o corte das unhas cumpridas, beliscada no umbigo, forçar a cheirar perfume barato e usar calças não rasgadas, e o pior, que rendeu mais gritos: repetir incessantemente “eu nunca serei uma Katie Holmes”. Um horror, mas eficaz. Sim, a bicha lhe deu exemplos de comunicação.

Muitas delas quando chegam num bar, dizem “por favor, um Marlboro maço”. Eis aí um código, imperceptível nessa grafia a olho nu. Porém, se acrescentarmos mais uma única vírgula e mudar a entonação da palavra “maço”, temos:

“Por favor, um Marlboro, masso”.

Perceberam? Um entoamento especial para “maço” torna-se “masso” (macho), sotaque típico de reconhecimento entre as tangas-frouxas. Existe ainda a frase “eu sei que você é maçom”. A referência à sociedade secreta maçônica se disfarça na evoluída língua alternativa, que possui o mesmo processo da outra sentença:

“Eu sei que você é masson”.

Impressiona, né? E no auge da agonia da bichola, ela ainda confessou que várias celebridades identificam-se dessa maneira. Mesmo aquelas que temos praticamente certeza que são viadzinhus,

Me da um Marlboro, masso?

quanto aquelas que nem desconfiamos.

Eu sei que você é masson.

É, meus amigos! Vamos ficar de olhos bem abertos (mas cuidado com o olho que você vai abrir).

Obs: Sempre vai sobrar pra ele!

quinta-feira, junho 01, 2006

...Top 10: As Piores Frases Musicais

10 - Eu confisco! Eu confisco! Eu sou da lei seu trouxa, eu confisco!

9 - Rubão, Rubão, Pagou pra vê tharrollladrão.

8 – Eu não sei fazer poesia... mas que se foda!!!

7 – Afunda nega, afunda, nega faz assim com a bunda há!

6 – Têm um montão de xota boa, velha chata sai prá lá!

5 – Ela vem, ela abala, ela é má; xexecar o que ela tem pra me entreter.

4 – Hoje eu vou dar feston com muita erva, muita bazon, sou raça ruizon.

3 – Do you wanna gimme o anel? Do you wanna go pro motel?

2 – Otário eu vou te avisar: Intelecto de cu é rola.

1 – Hey! Otário eu vou te avisar, o teu intelecto é de mosca de bar.

Num parece mesmo que vai chorar?

Obs.1: Vocês não imaginam o quanto eu acho isso RUIM. Mas muito ruim MESMO!
Obs.2: Na verdade eu não sei se essas são as 10 piores...mas será que pode piorar?
Obs.3: Skate na veia dos irmáááááoooo!

domingo, maio 28, 2006

...Vultosos Devaneios

Este sou eu:
Oi. Eu tenho cabeça raspada.

***

Este é Brett Scallions, vocalista do Fuel.

Oi. Eu tenho cabelo na testa.

***

Um dia, minha mãe, olhando pra esta foto, disse que ele se parecia comigo.

Eu Juro.

terça-feira, maio 23, 2006

...No Poop

Depois de pisar na merda DUAS vezes no MESMO dia (uma na faculdade e outra em casa porque minha cachorra cagou NA PORTA do meu quarto), aprendi uma lição, definitivamente,

[parênteses]

To Nervoso!

[/parênteses]

que nunca fez tanto sentido como agora: quanto mais você mexe na merda, mais ela fede!

Obs.: Será que se eu colocar umas placas dessa em casa ela entende?


No-Poop

domingo, maio 21, 2006

...Ela,

Como um ser pequeno e frágil,
Despido de maldade intencional,
Causa danos de forma tão ágil
Sem procurar por nenhum aval?

Ela, sempre esperta e atenta,
Não reconhece quem lhe alimenta.
Ela, de vida fácil e dia sucinto
Nunca saberá como eu me sinto.

Porque eu sempre estarei aqui,
Embora para ela não pareça.
Porque eu sempre serei o mesmo,
Não importa o quanto ela cresça.

Ela, que não me deixa dormir
E faz minha agonia surgir.
Porque toda noite é sempre igual,

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.


Ela, minha cadela, a chorona integral.

Obs.: Consegui enganar algum bobo na casca do ovo?

quarta-feira, maio 17, 2006

...A Descoberta

Minha memória funciona exatamente como um CD riscado: de vez em quando ela dá uns pulos. O espaço pulado representa a parte em que eu esqueço completamente o que se passou, sendo que a lembrança anterior e posterior a esse evento estão perfeitas. Se você limpar bem o CD, pode ser que ele não pule mais; assim como se eu forçar minha mente, pode ser que eu me lembre do que aconteceu.

Eu tenho déficit de atenção e sou o tipo de pessoa que precisa anotar tudo o que deve fazer. Aquele tipo que na mesma hora que pensou, já esqueceu, que vai a algum lugar com um objetivo e quando chega lá esquece, que fala frases sem sentido enquanto conversa pois está pensando em outras coisas e acaba misturando as duas. Aqueles que tem uma teoria perfeita na cabeça e arregala os olhos quando a percebe, mas não consegue explicar e gagueja na hora de dizer, desistindo da idéia.

Eu sou um verdadeiro gênio.


Cérebro de Feijão

terça-feira, maio 09, 2006

...Velhos Encontros

Quando estava encaixotando minhas coisas pra mudança, deparei-me com uma pilha de revistas guardada no fundo de um móvel. Deveria ter ali uns 25 exemplares da revista Playboy. Lembrei-me do meu ensino fundamental. Eu mesmo havia pedido pro meu pai assinar a bagaça e até hoje não sei (ou sei?) por que ele concordou.
“As Ronaldinhas”, Mariza Orth, Carla Perez, e mais uma porrada dessas celebridades. Encontrei uma que até me fez rir: “Finalmente DÉBORA RODRIGUES. A SEM-TERRA mais bonita do Brasil”. Vejam: “Ela foi motorista de ônibus de bóias-frias. Conheceu a causa dos sem-terra e aliou-se a eles, há três anos. Débora é uma mulher solidária”. SEM COMENTÁRIOS!

É claro que eu não resisti e parei uns minutinhos de encaixotar as belezinhas pra dar aquela folheada esperta. Hoje percebo o quanto apreciei aquelas mulheres, porque perdi várias entrevistas e matérias interessantes que nem imaginava estarem ali, enquanto lembrava de todos os detalhes da Malu Bailo pelada (“A stripper mais famosa do Brasil”). Ah, por favor né, gente? O que se esperar de um pivete de 13 anos? Que lesse uma entrevista sobre o Tostão ou visse a Débora Secco nua? Se bem que se hoje me derem uma playboy da Scheila Carvalho eu primeiro vejo as fotos e depois, em outro dia, as matérias...

Então, no meio desse bordel, eis que surge uma prova de Geografia, de 1998! Ainda que rasgada em 6 pedaços, pude ver a nota “E”. Ou seja, zero. E não estava assinada por meus pais. Tudo fazia sentido. Eu tirei zero, não mostrei a prova pros meus pais, rasguei e enfiei no meio da Playboy, esperando que nunca a encontrassem. Gênio! Aliás, tão gênio que olha só a esperteza do garoto:

Um dos pontos fundamentais dos movimentos populares e até mesmo governamentais dos países socialistas do Leste Europeu era a luta contra a ditadura.
a)O que se entende por ditadura?
Resposta:
AS REGRAS DE UM PAÍS.

b)A ditadura existe apenas nos países socialistas? Justifique.
Resposta
: Sim. O capitalismo é uma economia de livre iniciativa, portanto, não existem as ditaduras.

Deu pra ver mais ou menos “As regras do país”?

Obs.1: Acho que a audiência de google vai bombar meu blog depois das celebridades que escrevi.
Obs.2: Desculpem a ausência, estou de mudança e, logo, sem Internet. Esse texto foi publicado em uma lan-house perto de minha nova casa (duvido que alguém tenha sentido falta do blog).
Obs.3: Dois assuntos totalmente diferentes ligados por burrice e putaria. Lindo.

segunda-feira, maio 01, 2006

...O Dia que Eu Esqueci de Tudo

NÃO ME LEMBRO muito bem o horário, mas acordei assustado com o telefone tocando bem na minha cara pois na noite anterior eu ME ESQUECI de colocá-lo na base. Era minha irmã pedindo para que eu avisasse o pai para ir buscá-la na pós-graduação.
Então percebi que meu relógio não despertou. Sabia que deveria ter acordado cedo pra fazer alguma coisa mas NÃO ME LEMBRAVA o que era. Como sempre, não me esforcei muito pra lembrar, catei o carro e fui trabalhar. Uma chuva desgraçada do estacionamento até a empresa, e é claro que eu HAVIA ESQUECIDO o guarda-chuva em casa.

Mal cheguei e meu chefe já veio me atropelando, perguntando como eu poderia NÃO TER LEMBRADO da reunião que teríamos hoje antes do expediente. Algo fez sentido nesse momento. Inventei uma desculpa médica e saí na miúda pro banheiro, com uma tosse camuflada.

Na hora de almoço, depois de comer quase o quilo, percebi que ESQUECI o Visa-Vale em casa. Marquei mais uma vez uma pendura com a simpática Dona Socorro, do caixa. Voltei à labuta e ao final do expediente percebi que TINHA ESQUECIDO de ir ao banco pagar a conta de luz.

Cheguei atrasado na faculdade porque ESQUECI que a gasolina do carro tava só no cheiro e, pra colaborar, a chuva ainda estava a atormentar o trânsito. Pedi pro Seo Anésio (tiozinho da catraca da faculdade) passar a carteirinha já que HAVIA ESQUECIDO a minha no trabalho. Subi correndo as escadas, entrei na sala e me deparei com 34 alunos de cabeça baixa: Prova: ESQUECI: tomei no cu.

Cheguei em casa, estacionei o carro na garagem, destranquei a porta do hall e fui pro elevador. Cheguei ao 6º andar, entrei no ap. e senti falta do celular. ESQUECI-O no carro. Peguei o molho de chaves do meu Fiat147, desci os 6 andares e no meio do caminho percebi que ESQUECI a chave do hall. Subi tudo de novo, entrei no ap. e me dei conta de que a chave do hall também estava no molho de chave do carro. Tinha ESQUECIDO desse detalhe. Desci mais uma vez, soltei um palavrão me perguntando como posso ser tão jumento, peguei o celular e definitivamente cheguei em casa. Então me deparo com minha irmã, toda encharcada, os cabelos revoltos, parecendo um poltergeist:

“André, seu pulha! Cê ESQUECEU de avisar o pai pra ir me pegar, seu viado?”
ESQUECI!”

quarta-feira, abril 26, 2006

...Viagens Inúteis

Seria a pena de morte a penalização máxima dada a alguém? Esqueçam a ética da coisa, pensem na eficiência da realização de sua intenção: penalizar alguém de forma máxima devido a alguma infração muito grave cometida.

Frase de efeito - TODOS NÓS COMEÇAMOS A MORRER NO MESMO INSTANTE EM QUE NASCEMOS (!). Eu estou morrendo nesse momento em que escrevo estas linhas, e você, leitor, está morrendo enquanto lê este parágrafo. Conheço algumas pessoas que dirão “ai que horror, André!” É uma visão pessimista de vida, mas é verdade e não tem como discordar. Ou seja, nós já nascemos programados, prontos pra morrer a qualquer instante. A qualquer instante mesmo! Os índices de mortes por acidentes são impressionantes. Até o final do dia de hoje, aproximadamente 100 pessoas vão morrer por acidentes com armas, e outras 70 vão morrer em algum acidente de carro. E isso só no Brasil, país em desenvolvimento, habitado por pessoas que não desistem nunca (verdade, né? Como são insistentes)!

E então na hora de fuder condenar a vida de alguém você vai lá e mata? Isso é muito simples, e você só está antecipando o inevitável para o futuro-presunto.

O ser humano é sanguinário. Ele quer passar a imagem de que é apenas justo, mas quando no extremo ele deseja olho por olho e dente por dente. Todos nós sabemos que somos animais. É igual o Michael Jackson dizendo em todas as entrevistas que fez apenas duas plásticas até hoje, mas todos sabem que foram mais; que é igual aquela pessoa que ri o tempo inteiro e se diz feliz, quando na verdade todos sabem que é a mais triste. Tudo imagem, hipocrisia.

Na minha humilde opinião, talvez a melhor pena fosse o sofrimento, de qualquer tipo...até a morte. Aí sim! O que vocês acham, caros leitores que eu tanto desejo que aproveitem o resto de suas vidas?

Essa coisinha fofa já deve
ter morrido 1 ano inteiro!

Obs.1: Pensar que estamos morrendo a cada instante pode não ser tão pessimista, pois também tem seu lado bom: pode despertar o instinto carpe-diem em alguns. Rá!

Obs.2: Eu curto o Michael Jackson, mas não vou falar sobre isso porque renderia outro post. Mas pô, Michael, DUAS plásticas?! Só se foram duas sessões de 72hs.

sábado, abril 22, 2006

...Pesadelos

Na noite do dia 20/04 para 21/04 eu tive um pesadelo com uma amiga, que é lógico que não vou mencionar seu nome. Vou chamá-la de Raquel, que curiosamente era como eu a chamava no sonho apesar de seu nome não ser esse.

Estávamos deitados em alguma cama, uma intimidade extremamente alta, inimaginável e irrealizável (tratando-se dessa amiga), olhando um pra cara do outro. Até que determinado momento ela me dá um beijo. E ele queimou. Literalmente. Foi MUITO quente. Imagina beijar uma panela de pressão. Foi assim, e obviamente me incomodou. Então eu me afastei um pouco, mas ela deve ter gostado e tentou me beijar de novo, mas dessa vez não era um “beijo”. Ela estava enfiando a língua dela INTEIRA dentro da minha boca! Eu senti como se tivesse comendo um puta pedaço de carne molenga pegando fogo. Que nojo! Eu esperneava “PÁRA RAQUEL, PÁRA RAQUEL”, mas era inútil. Tentei segurar seus braços que me puxavam em sua direção mas não conseguia detê-los. Eu tava extremamente fraco. Fazia toda força que conseguia e ela não se movia. Não consegui tirá-la dali, e então ela enfiava toda a língua dela na minha boca sem parar (blarght!).

Acordei de madrugada com um espasmo involuntário com as mãos e me sentindo violentado. Que horrível! Lembro-me que quando o mal-estar passou, forcei minha mente para lembrar-me desse pesadelo quando acordasse pela manhã, para que eu escrevesse sobre ele, e é óbvio que não funcionou. Sabe como fui lembrar? Alugando no acaso o filme “O Chamando 2” e vendo que a mãe do moleque pseudo-médium-autista chama RACHEL. Porra! Só faltou meu telefone tocar depois dessa! Pensei que não fosse conseguir dormir de noite e ter mais pesadelos. Eu CAGO de medo da Samara!

Calma Yoda, você não é tão feia assim!

Fato-Observação: Eu sempre acordo com espasmos involuntários quando durmo de barriga pra cima; diferentemente de quando durmo de bruço, como de costume. Alguém me explica?
Fato-Observação2: Com pouquíssimas exceções, todas as vezes que sonho com beijos, eles queimam.
Nada-a-Ver-Observação: Quero mudar meu layout com um template próprio mas não manjo praticamente nada de HTML. Por enquanto ficamos com esse aqui porque o outro me enjoou.
Nada-a-Ver-Observação2: Fazendo a revisão do texto, percebi que é meio redundante dizer “Na noite do dia 20/04 para 21/04”, afinal, já imaginou uma noite dormida do dia 20/4 para a 28/04?! Não dá... fora esse “noite do dia”...to viajando já, né? Melhor parar o texto AQUI.

sexta-feira, abril 14, 2006

Top 10 – Manchetes: Jornal Vida Avessa

10 – Afeganistão pretende utilizar bomba nuclear contra EUA para contra-atacar seus maçantes avanços com Flechas de Bambu e Bombinhas Estalos.

9 – Gugu Liberado se inscreveu ontem para o concurso de queda-de-braço ao lado do halterofilista brasileiro Alexsander Witaker.

8 – Sérgio Malandro converteu-se e está se dedicando à vida de Pastor. Alegou que as Malandrinhas o estavam levando para a perdição.

7 – Arnaldo Jabor declarou-se apolítico após visitar uma vidente e está aplicando-se ao esoterismo.

6 – Ex-Soldada Márcia Pinto (32), estuprou Fernando (16), quando este estava a caminho do pedicure.

5 – Índice de empregos do Brasil aumentou exponencialmente. A possibilidade de “sobrar” vagas no país não foi descartada, pois os números estão quase superado a população brasileira.

4 – Paulo Ricardo, após ter sido duramente criticado por seu CD acústico IDÊNTICO ao estilo Emerson Nogayra e com tentativas de uma pegada Bob Dylan, anunciou seu mais novo trabalho: “Metal is the Law. The Law is the Metal. Metal is not for anyone. Uoow”.

3 – Eunice dos Santos (22), ganhou prêmio de “Best Beat-Box Session”. A dupla Chorão e Champignon, integrantes da maravilhosa banda Charlie Brown Jr. e participantes da competição, desistiram da vida RockStar e iniciaram outros projetos musicais: Chorão se dedicará a música caipira da raiz e fará parceria com Sérgio Reis, enquanto Champignon cantará em dupla com Odair José (Pare de tomar a pílula, pare de tomar a pílula porque ela não deixa o nosso filho nascer).

2 – Fernando, garoto que havia sido estuprado pela Ex-Soldada Márcia Pinto deu a luz hoje a seu filho(a), Darci. Disse que está contente com a possibilidade de amamentar seu filho.

1 – Nosso Presidente (14), disse hoje que “levou um pé na bunda” da namorada enquanto brincavam no Parquinho Areias Infinitas. O estado depressivo do presidente foi tão alto que se recusou a utilizar de ônibus para voltar pra casa, pedindo para seus pais irem apanhá-lo.

domingo, abril 09, 2006

...Elevadores

Eu nunca vi alguém que gostasse de elevador. Também nunca saí por aí pra fazer esse tipo de enquête, mas nunca reparei em alguém expressando amores por um. Pra mim, elevador é uma das coisas mais escalafobéticas que existem. Você entra no 12º andar, a pessoa que está lá te dá um sorrisinho amarelo (ou não, nem olha na sua cara), e você devolve (ou não, nem olha da cara dela) pra ambos fingirem que são super educados (ou não, to nem aí pra você). Naquela viagem interminável de 20 segundos com aquela pessoa que você nem conhece, cada um olha pra um canto do elevador de cabeça baixa. É deprimente.

Ninguém se olha no espelho porque tem vergonha de arrumar aquele cabelo que quase nem dá pra ver ou que não sai do lugar [meu caso], mas faz questão de dar uma alisada [meu caso também]. Eu só me olho no espelho quando entro sozinho no elevador, e ainda assim me deparo com uma baita meleca de nariz que algum filho da puta engraçadinho grudou na altura dos olhos. Pior que isso é entrar sozinho e sentir cheiro de peido; pra quando você sair, ter toda a certeza do que a pessoa que entrou no seu lugar está pensando.

Aí o elevador pára e entra aquele gordo metido a Fausto Silva, animado, no pique em plena segunda-feira às 6:30hs das manhã. Você percebe que ele ta louco pra falar alguma coisa, então faz todo pensamento positivo possível pra ele não falar nada (até porque você já sabe o que ele vai falar), mas não adianta:

“Parece que vai chover hoje, né?” – Aff... “Oloco meu” ¬¬

E como a Lei de Murphy não perde uma, o elevador começa a lotar e o gordo começa a te espremer, te deixando horrorizado com a possibilidade de você encostar naquela meleca do espelho. Você acha que a coisa não pode piorar, mas como disse, é a Lei de Murphy: o elevador pára de novo e o mané do lado de fora pergunta na cara-de-pau: “Opa! Será que cabe mais um aí?”.

Finalmente a bagaça chega no térreo, onde algum dotado de super-inteligência faz uma observação genial: “Cuidado com o degrau!” Pronto. Pra mim chega! Por que é que tem que ser sempre assim? Por que não pode acontecer alguma coisa inovadora no elevador, tipo encontrar o Spider Man porque ele acabou de perder seus poderes?


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"Não solte pum no elevador
O ar que eu respiro
não merece esse fedor..."


Obs - Essa música era do Casseta e Planeta, ridícula.


quarta-feira, abril 05, 2006

...Desculpinhas


Conversa de gente encalhada e inconformada é sempre a mesma, né? Da vontade de chorar (de rir):

- Quero alguém que me dê valor, alguém especial.
- Cansei de sofrer, quero curtir a vida.
- To muito bem sozinho.
- É muito melhor não dever satisfações a ninguém.
- Preciso de um tempo pra mim.
- Ontem eu me diverti muito com meus amigos! (essa é demais!)

- Nunca me senti tão livre antes.
- Sou muito novo... essas coisas não se procuram.
- Estou bem melhor agora.
- Antes só do que mal acompanhado.
- Estou à procura de alguém certo pra mim.
- Não tenho tampa, sou frigideira.

ahahahhahahah

E em minha opinião, a vencedora:

- Nunca me senti tão bem comigo mesmo!

ahahahahahaha

Obs.: Meus agradecimentos ao Renato Shishido, que encheu o saco pelos créditos ajudou a desenvolver o tema pela nossa conversa no MSN.
[]s

Olha a cara do comédia!

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“Sloth quer chocolate!”

Brincadeirinha!

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“...We used to love ourselves…”

sexta-feira, março 31, 2006

...Surto Escolar

ESAMC. Sala 127. Nono Semestre. Comunicação Social. 19:40hs. Primeira Aula: Produção de Áudio (da mesma professora que me mandou pra fora da sala) - Consultoria.
20hs: fim da consultoria do meu grupo. Deixo meu material que consiste num caderno e num livro embaixo da carteira. 21:15hs volto para a sala 127 para apanhar meu material e me preparar para a segunda aula: só não contava com o sumiço de ambos.

“Era só o que me faltava!” – exclamei. “No começo roubavam retro projetores da faculdade, agora roubam até material? Porra! Eu comprei essa merda de livro ontem e paguei quarenta pila! Não acredito!”

Olho em baixo de todas as carteiras e não encontro nada. Vou até a secretaria:
“Minha filha, meu material sumiu, liga pra alguém aí!”
“Mas isso foi agora na primeira aula? O pessoal da limpeza não passou lá.”
“Mas LIGA pra eles! Meu material sumiu da sala! É a 127.”
“QAP Limpeza. QAP Limpeza. Você passou na sala 127 depois da primeira aula de hoje?
“Negativo.” (Nesse momento a moça da secretaria me olha dizendo: “eu avisei”).
“Bosta. Obrigado mesmo assim.” - respondo delicadamente.

Corro até a biblioteca, desço escada, subo escada, mando e-mail, pergunto pro tiozinho da catraca, ninguém sabe de nada. Num último raio de esperança volto para a sala 127, mas apenas frustro-me. Tomado pela ira, ainda dentro da sala decido cuspir meu chiclete para depois acertá-lo com um chute com toda minha força. O chute foi tão violento que o tênis saiu voando do meu pé, acertou o teto, caiu em cima da lâmpada e voltou no meu ombro. Não agüento a situação e começo a rir. Tudo isso me fez lembrar o primeiro ano da ESAMC, quando consegui fazer minha chave de casa ficar pendurada num cano que só os “monitores-quebra-galhos” conseguiram tirar. E é claro que a sala inteira presenciou o episódio.

(In)conformado, desisto da busca do tesouro perdido e vou para a segunda aula às 21:45hs apenas com uma BIC que eu achei no chão.

22hs. Toca meu celular. Saio da sala. É minha amiga da sala 127.

“Ô cabeção, você sabia que você esqueceu seu material na sala?”
“Não esqueci não, eu deixei ele lá porque eu tenho a segunda aula!”
“Ah é? Mas a gente não tem a segunda aula!”
“Mas eu tenho! Fotografia!”
“Achei que você tivesse ido embora! O pessoal da sala falou que seu grupo tinha saído depois que fizeram a consultoria.”
“Ah, deixa pra lá... depois cê me entrega. Valeu!”
“Ta bom, um beijo.”
“Outro.”
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“...Talk about me
Laugh about me...”

domingo, março 26, 2006

Passagens...

- Aaargghh!
- Há quanto tempo cê mora aqui, véio?
- Xeque.
- Eu não recomendo.
- ...
- Han?
- Dá um trago aí?
- To passando mal, véio.
- Ghost, do outro lado da vida.
- Não entendi.
- Eu não sinto meu canino direito.
- Fica com Deus.
- É nóis, mano!
- Pô, e o cara insiste!
- Nossa, engoli alguma coisa.
- Cadê o gelo?
- Só bater.
- Não fala isso, cara!
- Tira o boné aí, André.
- Cê fala alto hein, véio?
- Porra cara cê é sangue!
- Nossa mano, sério...acho que sou surdo.


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"...What a hell is going on?..."

terça-feira, março 21, 2006

...Diário de Pedro

Entre as chamas, este foi o único trecho intacto e legível encontrado do diário de Pedro.

“Não existe um único dia em que eu não me sinta todo confuso, perguntando-me vários ‘porquês’ e bolando estratagemas para tentar viver a vida da melhor forma possível. Às vezes, normalmente em momentos que não sei o que pensar, o mistério da existência cai sobre mim. Eu começo a ter algumas idéias desconcertantes sobre porque estamos aqui, como tudo começou, por que as coisas se desenvolveram desse método que é hoje... e tudo isso tenta formar um sentido na minha mente, ter uma ordem, como se fosse um quebra cabeça a ser resolvido. Mas a sensação que tenho é que as peças não pertencem a um único tabuleiro. Existem várias outras peças misturadas. Nunca nada faz sentido, fica só uma interrogação no ar, uma incógnita que você nem sabe dizer ao certo qual é a pergunta correspondente. Então minha mente pára de vagar, e eu volto ao mundo onde estou, sem direção, sem sentido, sem pensamentos”.

Pedro cursava o segundo ano do Ensino Médio e se suicidou aos dezessete anos. Pulou de um edifício empresarial no centro de São Paulo. A família está em estado de choque; não desconfiavam do estado depressivo de Pedro e desconheciam seu diário, que aparentemente foi queimado pelo garoto instantes antes do suicídio.
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“…I can tell you why
people die alone…”

quinta-feira, março 16, 2006

...Futuro Psicopata

Trrrrrrriiiimmmmmmm

“Alô!”
“Oi, por favor, a Natália está?”
“Só um segundo.”

“Oi!”
“Natália?”
“Isso. Quem é?”
“Meu nome é Caio, você ainda não me conhece. É que eu te vi hoje num restaurante enquanto eu estava comprando jornal e fiquei com muita vontade de te conhecer.”
“Thi, pára de graça, seu besta!”
“Não, é sério! Você estava no Sabor Infinito, às 14:17hs você saiu pela porta lateral: estava usando uma calça branca, mini-blusa preta e cabelos soltos.
“Mas esperaí! Como você sabe meu nome? Como sabe meu telefone? Como pode saber tudo isso se eu não te conheço? Quem é você?”
“Calma, não se assuste! Eu sou o Caio! Só queria te conhecer melhor, não vou te seqüestrar!”

“Ah, isso me alivia bastante! Eu quero saber como você chegou ao meu número e como sabe meu nome AGORA!”
“Ta. Quando você saiu do restaurante eu ouvi uma pessoa mais velha te chamando. Deve ser teu pai, né?”
“Não interessa. E meu telefone?”
“Bom, isso foi um pouco mais complicado, mas foi pura sorte! Eu gravei a placa do seu Palio, né? Daí liguei pra um amigo meu da polícia e pedi pra ele tentar identificar o dono do carro mais o telefone. Ele me disse que precisava de permissão pra fazer isso, então sugeri pra ele dizer lá que o carro era meu (já que lá o pessoal me conhece) e havia sido roubado. Aí, por muita coincidência, o seu Palio tinha uma multa por excesso de velocidade na Dom Pedro I no sábado passado. Foi perfeito! Ele me passou seu telefone e fingiu na delegacia que cuidaria do caso. Legal, né?”

“Você é doente?! Seu maníaco! Vou ligar pra polícia! Ah, porra, agora nem adianta mais com seus amigos por lá! Seu louco! Nunca mais ligue aqui, entendeu?”
“Nossa! Tudo bem, desculpe, eu só queria...”
“Peraí, peraí! Você disse ‘excesso de velocidade na Dom Pedro’? Sábado passado?”
“É, por quê?”
“Sábado passado meu pai tava trabalhando até mais tarde no escritório do centro, entrevistando algumas meninas interessadas numa vaga do shopping.
“Entrevistando várias meninas até mais tarde? Seu pai é gerente de RH? Responsável pela decisão final de quem é contratado ou não?
“(!!) É!”
“Você sabia que ali pela D. Pedro existe uma concentração de motéis, né?”

Slam!
Tu, Tu, Tu, Tu...
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“...I saw her face.
It was the face of love...”

sexta-feira, março 10, 2006

Aos 16

Eu digo:
“Vou me suicidar, cara. Vamos?”
“Vamos! Vamos pular da torre do colégio!”
“Mas o colégio não tem torre!”
“Então não vai dar!”
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"...My suicidal dream.
Voices telling me what to do..."

quarta-feira, março 08, 2006

...Sobre BloggerMan

Neste mundo onde tudo está do avesso, curiosamente apenas duas coisas estão martelando minha cabeça no momento: o namoro do Roberto Carlos (jogador) com a Ana Maria Brega Braga e esse tal de BloggerMan, que todo blogueiro “conhece”. Como ainda sou peixe no mundo dos blogs, acredito que tenha sido o último a saber. De qualquer forma, falarei (quem sabe) do Roberto Papa-Asilo Carlos numa próxima.

Acontece que, navegando pelos blogs Brasil a fora, percebi que muitos deles mencionavam sobre o mistério do BloggerMan e sua lista “What’s Up”. “Mas que Diabo?!” eu me perguntava por ver tantas especulações sobre isso e não ter a menor idéia do que se tratava. Decidi então fazer uma little research e tive alguns resultados interessantes. Corrijam-me os blogueiros pré-históricos mais experientes se trago informações incorretas.

O Blogger Brasil é um serviço da Globo.com, que teve origem no país devido sua parceria (em 2002) com Pyra.Labs (responsável pelo Blogspot). Com a opção de uploads de imagens dentre outros diferenciais que a matriz ainda não possuía, Blogger Brasil tornou-se um dos maiores hospedeiros de blogs brasileiros. Sua página inicial é atualizada pelo BloggerMan. Nela, ele disponibiliza uma lista chamada “What’s up” com blogs de destaque. Além desta, existe a BoN (Blogs of Note), com os melhores blogs da semana. O Blogger Brasil entrou em declínio no final de 2003, quando muitas falhas aconteciam, o que ocasionou perda de postagens, servidores fora do ar, novos termos de uso com novas limitações de serviços: apenas assinantes Globo.com teriam a opção de criar blogs, e os não-assinantes utilizariam apenas 10MB de armazenamento. Os que não respeitassem esse limite seriam retirados do ar. Isso deu um pau lazarento causou sérios problemas, mas não vem ao caso agora.

Foco: BloggerMan. Já li que o cara é o Demo, que desejam ser um príncipe num cavalo branco de tão lindo, que é um looser. Talvez o ódio germina-se no fato do cara destacar blogs sem revelar seus padrões de escolha. Percebo uma ambição enorme de alguns blogueiros em ter seu blog mencionado lá, revelando frustrações quando não se encontram no site. Tudo isso porque, pelo que percebi, todo blogueiro visita o BloggerMan quase que diariamente na esperança de ver seu blog como um TOP 10, o que geraria um provável aumento de audiência e reconhecimento do cara responsável pelo site Blogger Brasil (sim, o BloggerMan, seu estúpido!).

Minha ambição - Aí BloggerMan, meu próximo post vai ser meu CV. Será que você consegue me ajudar?
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“…And I need a job, so I want to be a paperback writer...”

quinta-feira, março 02, 2006

LUana, acredite!

Lá estava eu, feliz e ansioso na fila do cinema. Finalmente havia tomado coragem pra convidar a famosa Luana para um filme. Deveríamos nos encontrar às 20:30hs nas bilheterias. Às 20:15hs, quando cheguei, não me importei com aquela fila de INSS à minha frente em todos os caixas, afinal, era LUANA que estaria comigo. Além disso, quando ela chegasse, eu já teria comprado nossos ingressos e ela não precisaria encarar aquele formigueiro. Um mísero pontinho!

20:35hs. Estou no mesmo lugar, a fila não andou nem um pouco, Luana não havia chegado e eu mal tinha espaço pra mudar o pé de apoio. Quando estava começando a sair do sério com essa situação, sinto duas mãos envolvendo meus olhos pelas minhas costas, e escuto uma fina e delicada voz dizendo “adivinha quem é!” Sinceramente, não gosto desse tipo de brincadeira. É óbvio que responderia “Luana”, mas e se por acaso fosse outra? Pior: e se Luana chega e vê essa cena? Enfim, acabei respondendo “Oi Lu, não imaginava que você tivesse esse lado extrovertido.” A voz: “Bobo, gostei de te surpreender”, e tirou as mãos dos meus olhos pra me abraçar (ainda pelas minhas costas). Quando olhei aquele braço peludo no meu pescoço, tirei aquilo tão rápido e desengonçado que parecia que meu peito estava em chamas.

Quando me virei e dei de cara com aquele “rapaz”, arregalei os olhos e soltei um amedrontado “Caralho mano, o quê que é isso?!” Eu estava de frente pra maior bicha de todos os tempos: calça de couro agarrada, mini-blusa, faixa no cabelo da mesma cor amarelo fosforescente que o tênis. Eu não sabia se ria ou enchia aquela bitana de porrada por ter me agarrado daquele jeito.

“QUEM É VOCÊ?”, berrei. “EU TE CHAMEI DE LU, PORRA!”
“Mas eu sou o Lu, Luciano.”
“Putaquepariu, cê me confundiu. Aliás, me confundiu bastante. Eu não sou gay não, to esperando uma garota.”
“Que garota? Quem é ela? Então você não é gay?”
“NÃO, inferno!”
“Você é bi e nunca me falou? Cachorro, eu achei que era exclusivo pra você.”

Terminou com um tapa no meio da minha fuça, virou as costas e saiu correndo (e chorando) com as mãozinhas pra cima. Por Deus, o que havia acabado de acontecer? A tanga-frouxa definitivamente me confundiu ou fez um teatro pra multidão? Olhei para os lados. Todos me olhando. TODOS, inclusive Luana, no meio do bando.

“Hum...Lu, desde quando você ta aí? Eu posso explicar...”

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

A Primeira Vez

Segurando o palito de fósforo totalmente trêmulo, aproximou-o de seu cigarro. Viu a chama vermelha brotando, deu uma tragada lenta e profunda, fechou os olhos e tomou consciência do que havia feito. O corpo estava à sua frente, envolto a uma poça de sangue, inerte a qualquer sopro de vida, inerte a qualquer sentido de seu carrasco. Frio e calculista, o executor estava sentado numa cadeira, observando o corpo todo retorcido num canto e a cabeça num outro da pequena sala escura.

Um silêncio brutal invadira o recinto. Audível tornara-se apenas seu cigarro queimando a cada tragada. Seus olhos, imóveis, pareciam admirados e se entorpeciam com a cena. Era como se tudo fizesse sentido, como se levassem todas suas frustrações e angústias para longe do mistério de sua existência.

A passos mansos e desalinhados espalhou gasolina pelo recinto, caminhou lentamente até a porta e atirou a bituca de seu cigarro. Regozijou-se com o calor emanado em seu rosto, que o fez erguer os braços e inspirar profundamente. Sua alma agora se sentia livre e renovada. Já não estava mais trêmulo quando um pequeno sorriso surgiu em sua face.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Ditadura Escolar

ESAMC. Sala 126. Nono Semestre. Comunicação Social. 20hs e 08min. Primeira Aula: Produção de Áudio. A professora diz:

“Qual seu nome, mesmo?”
“André.”
“André, vou ter que fazer aquilo que disse na primeira semana. Por favor, eu preciso continuar minha aula.”
“Quer que eu saia?”
“Isso mesmo.”
“Tá.”
"Eu agradeço.”
"(...)De nada.”

Ao fechar a porta, também cerro meus olhos fortemente e lamento do fundo do meu ser: “Putz, mas que MERDA! A segunda aula é com ela também...”.

Gostaria de dizer que faz uns seis anos que isso não ocorria, quando estava no 2º Colegial, mas faz apenas dois. Existem coisas que nunca mudam. Porém, nostálgico que sou, o episódio até me agradou de certa forma.

Minha mãe sempre disse que estamos na mão do professor. Maldição! Eu odeio hierarquia. E depois dizem que devemos ser contingente. É, concordo. Mas nesse caso, não, obrigado. Aceito a ditadura no lugar de mais uma DP.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Mudança

Não serei mais seu acolhedor. Não quero mais saber dos seus problemas, muito menos aconselhar-te a solucioná-los. Não me procure mais. Não dessa forma. Não me busque se estiver em apuros, se precisar de contribuições, se precisar de alguém para confidenciar. Não quero mais ter o dom de ouvir, de entender, de sentir. Não quero mais te fazer sorrir. Não por esse motivo.

Quando te traírem, não hesite em me procurar, mas não quero ver suas lágrimas. Não busque palavras de compreensão, não me olhe desesperadamente. Meus olhos são escuros, vagos e frios. Não entenderiam tal apelo. Quando perceber minha ausência, não se assombre. Você nunca entenderia que esta ausência é fruto da minha extrema presença. Nunca entenderia que minha aspereza é originada do meu extremo cuidado. Nunca suspeitaria que este egoísmo busca alguém, que minhas novas atitudes são de um renascido aprendendo a viver. Por isso, se apenas quiser virar as costas e sair, saia. Você nunca o fez, mas também nunca esteve presente suficientemente para mim. Não como eu quis.

Diga que sou muito melhor agora, que estou muito mais próximo dessa maneira, que me tornei atraente (assim deveria ser). Você não encontrará sentido. Muito menos eu.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Aí mano

O lance é o seguinte: caiu na área é pênalti, sacô? É isso aí! Pego tudo que aparece sem frescura. É lógico que eu não sou bizonho de catar mulher feia, só cato gata. Sô foda! Acha que to mentindo, seu escroto? Pode perguntar pra qualquer um aí da irmandade que os maluco confirma. Eu mando bem pra caralho. Comigo não tem lenga lenga não! Ta com cú doce? Então sai fora com seu Donuts porque isso é o que não me falta!
Num vem falar que você num gosta disso porque você sabe que gosta, gata. Gosta que o canalha aqui dê uns beijo com sua melhor amiga, sua prima, sua mãe, e te deixe com aquela curiosidade de provar do meu melzinho. É o cachorro que cê quer, eu sei, mas não vou ficar te lambendo não! Se tu bobiar, já era. Sô fura-zóio memo! Fico com um monte ao mesmo tempo e curto ver as mulher se cotovelando pra chegar primeiro!

Num dô boi não, mano! Ou dá ou desce. Oito ou oitenta. Não quer? Então vaza, perdeu a chance! Sai da minha frente porque já tem outra olhando pro meu Peugot. Se você mudar de idéia, no meu carro cabe quantas mulher precisar. Se guarda me parar meu pai rebenta o coitado. Faz a bagalha do sujeito ir parar no xadrez. Qué o quê, malandro!? Meu pai é Delegado! Vacilou comigo primeiro apanha e depois toma tiro, é lei! Maluco nenhum manda em mim não, então num me da idéia errada que eu perco a paciência, certo?

O quê que é?! Ta olhando o quê?! Num foi com a minha cara? Aí, não encara muito não porque hoje eu to loco pra da porrada, falô?

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Espera aí

"...Há um alguém na multidão que vai lhe adorar com devoção..."

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Pérolas Praianas

Como é do conhecimento de alguns, estive na praia na semana passada e resolvi dedicar este post a algumas pérolas praianas que não saem da minha cabeça.

1)A fala de um turista mineiro: “Óia lá Pai, o jeitin que ela nada, par-rece uma per-rerequinha”.

2)A fala de um turista bocó: “Eu falei pra ele...não pega isso aí não, ele achou que era silicone mas a moça falou que é água-viva, só que é água-viva-morta”.

3)A música praiana: “Sou praieiro, sou guerreiro, to solteiro, quero mais o quê?”.
Pra mim, a melhor versão seria “sou praieiro, sou guerreiro, eu sou feio, quero mais dinheiro”.

Depois dessas, Iemanjá ainda me deu alguns presentes. Na areia da praia, meio escondido entre as algas que o mar trouxe, encontrei um colar, uma chave de um Wolks e de um Fiat junto com uma terceira que deveria ser de um portão: muito obrigado!

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Que beleza!

Recentemente fui assistir com meu primo a mais um show de uma banda que nós conhecemos os integrantes. Eles cresceram no mesmo bairro que a gente e, consequentemente, no local do show encontrei muitos amigos do tal bairro. Eles sempre estão em peso para prestigiar a banda.

Ao final da primeira parte do show, um dos integrantes da banda veio conversar comigo e meu primo. No meio do bate papo, duas garotas ao meu lado direito (que eu observava já há um tempo) falaram com o músico: “Posso tirar uma foto com você? Você é muito lindo!”. E as duas tiraram a foto. Não satisfeitas, continuaram: “Posso tirar uma foto com vocês dois, agora?”. Ela referia-se desta vez ao nosso amigo da banda novamente e ao meu primo. Com o sorriso de orelha a orelha, tiraram a foto com os dois. E eu, me sentindo o Ogro Shrek, apenas observei as duas meninas saltitantes agradecerem e irem embora. O consolo veio rápido, quando meu primo me disse em seguida: “Desculpa aí! Deve ser meu moicano! ahaha”.

Olhando fixamente para ele sem mover um único músculo da face, sabe o que eu respondi? Nada, mas pensei em pegar mais uma cerveja.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Eu apenas escrevo

Eu queria que você soubesse.
Mas não sou capaz de dizer.
Eu queria que você entendesse.
Mas não consigo descrever.

Por isso apenas escrevo.

Minha sensibilidade vai além.
Aparentemente sou normal.
Mas sempre existe um “porém”.
Você não me conhece por total.

Você sabe que apenas escrevo.

Não consegui me expressar.
Mas sabia como te olhar.
Não consegui me mexer.
Mas consegui me entender.

Sei que apenas escrevo.

E você nunca vai saber.
Nem nunca irá perceber.
Um dia eu quis te dizer.
Um dia eu quis te ter.

Mas eu apenas escrevo.

sábado, janeiro 14, 2006

Ta caindo a ficha...

Chego em casa no meio da semana por volta das 17hs e vejo o carro do meu pai na garagem. Muito estranho, afinal, ele chega pouco depois das 18hs do trabalho. Abro a porta e já grito - “o que cê ta fazendo aqui?”. Ele espera que eu chegue ao seu encontro, faz um pausa, e responde – “Estou de férias. Para sempre.”

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Eu joguei chiclete na cruz

Apresento a vocês minha amiga Paula. Apenas acompanhem essa conversa no MSN, dispensa maiores comentários. Paula, estou no mínimo irrequieto para ler seu comentário!

Paula - e ae malinha!!! tdbm!?
Paula - eu disse e ae malinha!!! tdbm!?? Hehe
Paula – você não quer falar comigo?

(meia hora depois...)
André - sabe o q me fascina ?
Paula - nãããão!!! o q te fascina?
André - a sua capacidade d insistir em mandar mens. qdo eu nao respondo! VC SEMPRE FAZ ISSO. vc nunca pensou "opa ...ele nao respondeu ...nao ta na frente do pc" ?
Paula - isso além de te fascinar, incomoda tb?
Paula - não sei... talvez seja pq vc tá sempre “volto logo”, e então não sei qto logo será... talvez se vc, qdo tivesse on, ficasse on, e qdo nao, ficasse ausente ou volto logo... talvez eu soubesse se vc realmente está ou não na frente do pc hohohohohoohohohoh

André - vc realmente precisa disso td? Ou será q é mto complicado entender q eu nao to qdo eu nao respondo ?
Paula - huahuehauehauheuahuehauheuahea
Paula -... vc tá nervo? Hehe
André - nao querendo d t chamar d burra
André - uaeiuehuiehuiehuiehiua
Paula - seu estúpido! =P
André - pode xingar!

Paula - vc q nao sabe usar os status certos do msn!
André - e quem disse q tem maneira certa ou errada?! eu uso como achar q devo, ué !
Paula - vc usa de um jeito só
André - um jeito só - o meu !
Paula - talvez o "volto logo" seja pra qdo vc for "voltar logo" no msn...
Paula - PARECE tb q o ausente é pra qdo nao se está na frente do pc... usando o msn... olhaaaa PARECE ainda... q até o telefone é pra qdo se está no telefone e nao no msn..
Paula - incrível né???
André - serio ? e dai ? ce precisa disso pra entender qdo eu to ou nao ?
Paula -... preciso!
André - melhor vc parar d usar esse seu novo cabelo
Paula - vai se f*!!!!

André - se eu for vc vai entender q eu nao vou estar aqui ou preciso colocar ausente ?
Paula - precisa colocar ausente!
André – realmente... pare d usar esse cabelo
Paula - nao nao... pega essa musica.
Paula - envia Eu_Vi_Uma_Barata.mp3
Paula - eu vo jantar...por isso, vo ficar ausente... ok???
Paula - hehehehe
Paula - mala!
André - vc kem sabe !
Paula - ouve a musica!

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Aula de Redação

Escola de Educação Infantil Vidavessa
Campinas, 01 de janeiro de 2006.

Título: Meu Reveillon (2005-2006).

Meu reveillon foi super legal. Passamos em uma chácara dos pais de um amigo do meu cunhado, que fica na puta que o pariu em Jaguariúna. Tinha bastante gente: o Mazóla (antigamente era “Mazolani”), que é o desastrado. Ele sempre tropeça, cai, se enrosca. Tinha o Mu (antigamente era “musquito”), que é o guitarrista e mais tranqüilo do grupo. Tinha também o Batata que gosta de funk e samba e fala bosta besteira o tempo inteiro, dentre muitas outras pessoas super engraçadas.

Na ida, o meu cunhado atrasou uns 45min. Ele sempre está atrasado. Eu poderia ter dormido mais, mas não me importei. Durante esses 45 min, fiquei no carro ouvindo músicas da Jovem Guarda numa rádio que meu pai adora - “...Minha triste história vou lhes contar e depois de ouví-la sei que vão chorar.” (trecho de “Negro Gato”)

Fomos no horário de almoço porque ia ter churrasco e ceia de noite. Chegando lá dei meu primeiro “fora”: quando desci do carro a primeira coisa que disse foi que a chácara era na puta que pariu nos quinto dos inferno. Os donos da chácara estavam bem nas minhas costas.

A chácara é muito bonita. Tem um rio chamado Jaguarí que passa bem na beira. Também tem muitos mosquitos. MUITOS, principalmente de noite. Existe um cantinho da chácara que se você for lá, os mosquitos te atacam em bandos. Parece até um formigueiro de tão aglomerados. Quase me comeram vivo, juro! Você é capaz de sentí-los em seus braços, orelhas, até dentro do meu nariz um lazarento entrou. E são fortes! Pernilongos bombados! Quando batem na cabeça até deixam zonzo! Mas foi bastante divertido. Lá tem uma mesa de sinuca. Jogamos durante a tarde. Eu perdi quase todas porque sempre afundava meu parceiro. Ainda à tarde dei meu segundo fora: ao ver meu pai fazendo uma trapalhada, quase o xinguei de “português”, esquecendo-me que os donos da chácara são portugueses! Ainda bem que parei no “portug”, acho que ninguém percebeu!

À noite começou a chover e não parou mais! Quando era aproximadamente 23hs, jantamos. Tinha comida pra caralho vários dias. Então o momento tão esperado estava próximo. Eram 23h50min. Todos se amontoaram no mesmo recinto, em formato de roda. Demos as mãos e rezamos um Pai Nosso e uma Ave Maria. Durante a oração, pude ver um casal soltando as mãos para matar um dos mosquitos mutantes. Mais próximo ainda da zero hora, observei as pessoas. Minha irmã teve uma briguinha com minha mãe, meu pai estava com uma cara muito estranha e o Batata começou a chorar. Minha irmã disse que ele faz isso todo ano, o que me tranqüilizou! E eu, recebi uma única ligação e uma mensagem de outra amiga. Elas foram super simpáticas. Ah, e as bexigas que havíamos passado um bom tempo da tarde enchendo pra colocar em cima da piscina, o vento as levou embora.

23h59min fizemos a contagem regressiva. Na virada todos se abraçaram, tomaram champagne e encheram o cu de doce comeram a sobremesa. Quando o silêncio reinou e todos estavam tristes de tanto comer, parecendo em estado terminal de tão largados, eu me divertia catando gotas de chuva que caíam do telhado. Fomos embora em seguida, por volta da 1h. Cheguei em casa e decidi escrever esta merda redação para me livrar do dever do casa.

Conclusão: Eu me diverti muito, adorei a chácara e todas as pessoas. Não poderia ter sido melhor! De verdade! Agora que são 3hs:15min vou ouvir meu novo cd do Weezer (Make Believe, que está muito bom) pra depois dormir! Boa noite.


André B. Faria – nº1